Deixei que as palavras se afastassem arrastadas pela força da maré,
Não foram súplicas, ou lamúrias, não foram gritos de humilhação
Foram poemas, todos eles escritos pela minha mão...
Poemas chorados, poemas cantados, poemas de formas e sentidos absurdos,
Poemas que apenas fazem sentido, aqui, no meu mundo.
Vi partir, rasgarem-se da minha alma, as palavras mais sentidas,
Vi bailar, naquele mar, o meu eterno momento,
fiquei perdida, despida, possuída de ausência
ausência de mim, ausência de ti,
Para de novo me reencontrar, ali... naquele lugar,
onde as tuas lágrimas me vieram beijar,
e onde a tua dor me veio dizer: não te quero ser dor...
Não te quero magoar jamais... não!!
E onde eu, orgulhosa de mim, e de ti, te digo: vai
Vai até onde te leva o coração...