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Há momentos em que qualquer texto que se possa escrever, com mais ou menos palavras, pode parecer demasiado extenso para expressar aquilo que realmente se quer fazer sentir.
Por isso este texto terá muito poucas palavras, mas não deixará de ter aquela que representa melhor o estado de alminha cheia da minha criança perante tamanho presente:

OBRIGADA C.

[2010/11/28]

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"Ele agarrou-lhe a mão, e ela agarrou-lhe as mãos, e ficaram de mãos agarradas, primeiro a olharem para as mãos, depois levantando lentamente os olhos que por fim se encontraram, perdendo-se uns nos outros, sem já saber quem via ou era visto, os olhos ao mesmo tempo a verem e a serem vistos, nus, sem qualquer pudor."

Pedro Paixão in "Muito, meu amor"

[2010/11/25]

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Não sou de me dar,
sou de me derramar em emoções escritas,
de me despir de inibições em poesias,
e de amar incondicionalmente as palavras sentidas.
Não sou de me dar,
Sou de Ser, e de ser o que sinto,
sou de alma e de espírito aberto,
sou desta Felicidade que vivo
e de todas as dores que tenho sofrido.
Mas dou-me, inteira, por completo,
quando por entre palavras e gestos sinceros,
por entre olhares e encontros de alma,
me sinto despida de preconceitos,
envolvida em mágicas sintonias,
que só se sentem e não se explicam,
dou-me inteira quando me encontram,
quando chegam bem fundo dentro de mim,
quando me dão todo o retorno que eu não pedi...


Porque me dou? Porque recebo na mesma medida...

[2010/11/22]
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Quando eu te espero,
acordam lamparinas invisíveis dentro de mim,
que iluminam a minha alma e a aquecem,
ao som das melodias que eu escolho,
nesta sala que serve de ponto de encontro
e neste tapete vermelho que te recebe,
como se fosse sempre a primeira vez.

Quando eu te espero,
espero também que quando tu chegares,
o tempo possa parar,
para que juntos, eu de boleia nas tuas asas,
possamos voar pelos lugares mais bonitos,
escondidos no escuro do nosso refúgio,
onde sobressaí o brilho dos olhos,
o calor da pele e o azul da tua aura
e perpetue em nós este sentimento,
que é de aconchego, que é de verdade,
cheio de amor e de liberdade.

Espero-te...

[2010/11/20]

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12:33



No meu olhar está tatuado o meu sentir, transparente.
Uma Esperança desenhada pelos contornos da íris,
e expressa no sorriso rasgado, próprio de um olhar...
No meu olhar vivem todos os pormenores que a retina guardou,
de todos os momentos, que ficaram marcados em mim.
No meu olhar nascem lágrimas cristalinas,
que paulatinamente marcam o meu rosto cansado,
deixando um rasto salgado, por onde passam...
Mas no meu olhar, mais do que nos meus olhos,
surgem todas as emoções à flor da pele,
e nem as lágrimas são sempre más,
atrever-me-ia até a dizer que por vezes as sinto doces,
quando sem que eu note, elas alcançam a minha boca.
No meu olhar existe vida, até que os meus olhos se fecham,
nenhum olhar está sempre vivo...
No meu olhar... transparece até o que eu não queria,
sinto-me despida e à mercê de quem procure o meu olhar,
com olhos de me ver,
porque nos passam tantos olhos que não nos vêem.
Mas quando o meu olhar encontra outro olhar igual,
no meu olhar treme a emoção de um momento único...
Sintonias que fazem acreditar que vale sempre a pena...
... olhar... com brilho...

[2010/11/19]

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passos @olhares.com por Bárbara

Estes passos que dou
por vezes firmes, por vezes vagos
em equilíbrio, ou em compasso,
passos confusos, passos para trás
passos de dança ou passos de corrida
umas vezes decididos, outras vezes tímidos,
passos que tropeçam nas pedras da vida,
na perseguição dos passos teus
são o desbravar de um caminho cerrado,
são passos de amor na tua direcção,
marcas indeléveis de um amor tão marcado
são as pegadas que vês no teu coração,
é o caminho que faço de encontro a nós,
e ainda que não atinja o meu fim,
levarei para sempre comigo o caminho que fiz...

[2010/11/18]

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22:05


Nos dias em que o desconcerto me personifica,
em que ser forte não acorda em mim,
nos dias em que me sinto mais carente,
em que a solidão se faz senhora,
e a minha alma suplica por ti...

...nesses dias precisava apenas que me escutasses,
abrisses o coração para me ouvires,
que me entendesses e me perdoasses
que não me julgasses, meu Amor
e no final me abraçasses...e dissesses apenas...

... estou aqui...

[2010/11/17]
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23:11


Sinto frio,
O frio mais cortante que alguma vez senti,
aquele frio que nem todos os cobertores,
nem todos os aquecedores,
nem todos os Verões poderão aquecer...
Um frio tão cruel e tão intenso,
que não é de Inverno,
Um frio tão triste, que é de Inferno
tão estupidamente cortante,
que me gela a alma
que me faz distante,
que me tira a calma.
Um frio tão teimosamente presente,
que me faz ausente,
me faz carente... do teu quente...


O frio que sinto,
é deste vazio...
de ti...

Vem...

[2010/11/16]

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Procurei uma fotografia que ilustrasse estas palavras, que por sua vez pretendem ilustrar o que mais uma vez não é ilustrável ... e ficamos então assim numa ilustração desilustrada de um sentimento, profundamente sentido, à flor da pele... e falas tu de contradições... Como pode o profundo estar tão à flor da pele...
Não encontrei a fotografia, nenhuma se comparava à descrição sensitiva que paira no meu pensamento quando te vejo sorrir para mim, mesmo quando não estás aqui.
Vi fotografias, de sorrisos, de abraços, de olhares, e nenhuma chegava sequer perto do sabor dos teus olhos ao mesmo tempo assertivos e suplicantes, nenhum abraço tinha a energia dos teus braços quando me envolvem e nenhum sorriso estava presente simultaneamente nos lábios e na alma... como o teu.
Então, deixei de procurar a fotografia, e eu sempre soube que "desconseguia" de ilustrar-te em palavras, porque ainda não foram inventadas aquelas que vestem o Ser complexo e ao mesmo tempo tão simples que existe em ti, tão frágil e tão forte, tão carente e tão independente, tão lindo... e tão lindo...
É nessa complexidade tão simples que me encontro e revejo, é aí que me completo, e às minhas complexas simplicidades, é simplesmente aí que me quero perder, como quem passeia num jardim aromatizado por flores de todas as cores, onde as borboletas pairam alegremente, onde o Sol é feliz ao amanhecer e onde as nuvens derramam as suas lágrimas com prazer, num ciclo de vida que não termina jamais, que está sempre em evolução...
Quero ser a tua coragem, a tua força de vontade, o teu motor de arranque, a tua âncora, o teu farol, o teu desejo, o teu amor, quero que te reencontres e sejas feliz, longe ou perto de mim...

"As coisas mudam, as coisas morrem... e se não mudam é porque já estão mortas..."

Não sei se este pensamento é meu, mas parece, de tão espontaneamente ter surgido na minha cabeça, resolvi colocá-lo entre aspas na mesma, caso não seja.


[2010/11/15]

11:10




Chegas com esse teu jeito peculiar de nos olhar, como um compositor perante uma pauta, ainda despida, que sente fervilhar as melodias dentro do peito e se prepara para as passar ao papel, logo após desenhar uma clave de sol ...
Marcas-me o tom, o compasso... qual maestro conduzindo a sua orquestra pela magia da sua batuta, e inebriado de desejo entras num outro mundo onde o chão não existe e a banda sonora se compõe apenas de vibrações mais ou menos perceptíveis, mas no seu conjunto, harmoniosas.
E eu, guiada por ti, vario as minhas notas entre um fá e um si bemol, sem desafinar, entre uma colcheia e uma semicolcheia, bailo na harmonia compassada da tua peça, viro-me do avesso, mas tão naturalmente, para te dar o prazer de sentires que compuseste a partitura perfeita, a mais original... aquela que tocas sempre pela primeira vez com toda a emoção e ansiedade inerentes a uma estreia.
Juntos nos enlevamos num último suspiro, rodeados por uma espiral colorida de energia, mestre e obra se confundem, se fundem num só fim, o fim maior de uma entrega... o amor incondicional... a melodia mais sublime...

[2010/11/07]

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