Mesmo sobre um mar tranquilo, as marés vão e vêm, naturalmente.
E é nessa tranquilidade que reconheço o meu momento,
a tranquilidade de que fiz tudo, de que não sei fazer melhor,
a tranquilidade de que dei tudo o que contém a pequena palavra "Eu".
Na noite que procuro adiar, mas que o corpo suplica que chegue,
quando a minha tranquilidade se questiona,
e quando eu me deixo quebrar,
as lágrimas desaguam, como no mar as marés enchem.
Acontece um mar de lágrimas,
a alma precisa de ser lavada...
Adormeço assim, tranquila, acompanhada pela saudade
e acordo com as lágrimas cristalizadas no dia seguinte,
que será apenas mais um dia tranquilo... como o mar,
onde as marés se sucedem, naturalmente...
Juntos,
ausentes um do outro mas tão juntos quanto a escrita nos pode unir.
Abraçámo-nos com o pensamento, dividimos ansiedades e angústias.
Senti o imenso carinho, toda a ternura que de ti brota,
como se os teus lábios, tão meus, percorressem novamente o meu corpo.
Entreguei-me de novo, tão inteira, soltei as amarras do falso pudor,
derramei-me entre fantasias como se de novo estivessemos naquele quarto.
Fizemos amor, duas almas, sem nos tocarmos, sem sequer nos vermos, mas eu senti!
Palavra que foram as tuas mãos que me invadiram,
foi a tua língua que me desafiou todos os sentidos.
Foi intenso, como tudo entre nós.
Foi delicioso como tudo em ti.
E no fim, naquele momento chave, recolheste-te no meu colo,
como sempre fazes em algum momento,
fizeste-me sentir especial, como sempre de alguma forma fazes,
e pronunciaste as últimas palavras que recordo: Adoro-te!...
Gosto por norma de vivê-los, de sorri-los, de lançar o meu arguto olhar sobre eles, enchê-los seja do que for. Uns dias de gargalhadas, outros de lágrimas, outros ainda com as minhas rabugices, ou com as minhas dúvidas. Dias há em que sequer suporto o ardor que me provoca a roupa sobre a pele, como se tivesse apanhado algum escaldão na praia onde não fui para não ter que te chorar, e noutros dias apetece-me largar todas as roupas que me vestem a pele e sair gritando ao Mundo o meu sentir.
Outros, não em menor quantidade, vou ao baú, retiro de dentro dele momentos e sorrio deliciada no colo das recordações, acabando por adormecer embalada pela melodia que nasce dos teus dedos, enquanto dedilhas o meu corpo. Ou então, baixinho, vou entoando a letra daquelas canções que partilhamos e uma lágrima desce, acompanhando a cadência da música, enquanto o coração absorve as letras que alguém escreveu, inspirando-se, garantidamente, na nossa história.
Gosto de te ver por aí, no dia a dia, espalhando essa magia envolvente de que és feito, em cada palavra que lanças, e na forma como as conjugas deixando tantas almas sensíveis, cheias. Sinto cá bem dentro de mim um orgulho tão invisível quanto indomável a crescer e penso, o meu amor é lindo... mesmo que não seja minha a pertença do orgulho, também não é algo que possa evitar, porque tu ainda és eu e eu serei para sempre tu...
Os dias são impiedosos.
Não há um dia que passe em que não vislumbre a imagem do teu sorriso para mim. Isso não me deixa triste, longe disso. Não podia ser maior a alegria. Ver o reflexo de mim em ti. Os dias não me fazem esquecer, nem sequer me fazem mal-querer, bem pelo contrário.
Porque um dia, cruzei a minha vida com a tua vida. Foi de tal ordem o cruzamento que deixará para sempre a lembrança de alguém maior, porque “ser poeta é ser mais alto, é ser maior do que os homens…”
Os dias são impiedosos porque não te devolvem.
Porém, simplesmente aceito a liberdade dos dias, partilho esta aceitação contigo e vivo com saudade sim, mas também com tranquilidade.
Nada espero, nada quero, nada exijo… vou continuar apenas… sentindo…
Não, não estou em desespero, estou em crescimento... sempre! Cada vez mais perto do meu Eu!
A primeira vez que assisti a este vídeo pensei: "é mesmo assim que sinto!", um obrigada ENORME a quem partilhou comigo esta obra de arte.
Senti uma profunda tristeza, absorvi imagens, melodia, letra... chorei, confesso. Depois ouvi uma e mais outra vez, partilhei.... e voltei a escutar vezes sem conta até que a tristeza profunda se transformou em Paz e então eu percebi... é assim o Amor, aquele que achamos que não quer nada connosco e no entanto está ali, sempre presente, mesmo distante... acaba sempre por ser Paz quando verdadeiro.
Daqui de onde me encontro, eu sei... e dou, tudo o que tenho... de coração...
Soam fortes os batimentos do que me traz viva,
como forte nos tambores se gritam os estados de alma,
É de coragem que se esgrimem as contradições,
é de Amor, de Esperança e de apelos à calma.
Recolho-me, é este o momento que agora eu sei,
não há o rufar de um Amor na brisa que amanhece,
há que saber calar, dar o espaço, respeitar,
e viver, trazendo no coração a mesma prece.
No direito de ser, ultrapasso o querer,
para ti, um sorriso no silêncio que nos une,
do ontem que houve em nós, crio uma Eternidade,
e do eterno futuro, absorvo a intensidade.
Estou aqui,... tranquilo... em breve voltarás a escutar o batuque...
"Um Guerreiro de luz nota que certos momentos se repetem.
Com frequência se vê diante dos mesmos problemas e situações que já havia enfrentado.
Então fica deprimido. Começa a pensar que é incapaz de progredir na vida, já que os momentos difíceis estão de volta.
"Já passei por isso", ele reclama com o seu coração.
"Realmente você já passou", responde o coração. "Mas nunca ultrapassou."
O guerreiro, então, compreende que as experiências repetidas têm uma única finalidade: ensinar-lhe o que ainda não aprendeu.
Ele passa a procurar uma solução diferente para cada luta repetida - até que encontra maneira de vencê-la."
"Olhar para a frente sem saber o que vai ser de nós. olhar para trás sem nada poder reviver, corrigir, emendar sequer. Não conseguir fixar o presente, bom ou mau, tanto faz, o presente que não será mais. Sentir-se transportado para a frente e depois para trás, ficar tonto, prestes a cair, sem ter mão no que pensar. Levantar, andar, voltar e depois parar num mesmo sítio, sempre diferente. Desistir, recomeçar, deixar cair, agarrar por momentos e depois abandonar. Sentir-se feliz, absolutamente feliz, e logo depois, desesperar, sem esperança alguma de voltar a acreditar, e depois voltar a acreditar, sentir a felicidade aos poucos a voltar. Tudo isto à volta de um amor, por causa de um amor, tudo isto e muito mais, meu amor, que te tenho de esconder. Senão dizia-te."
Sempre quis escrever, um dia. Um dia... tudo!
Frase repetida incontáveis vezes, em jeito de promessa não prometida, na segurança de um não ter de cumprir. Um dia, expressão que dá vida à Esperança e alimenta a vontade de ser persistente, ou que simplesmente encaro como uma fuga para a frente, vivendo o momento e me abstraindo de que o um dia pode nunca vir a acontecer porque, simplesmente, um dia já não estarei aqui, um dia, tudo muda, tudo passa... fica o amargo de um dia não ter sido o próprio dia.
Porque vivemos uma vida em busca de algo ou alguém e quando encontramos nos acossamos com medo? Medo de quê? De sermos felizes? Este é o momento em que eu sei que existo porque daqui a nada tudo pode simplesmente acabar.
Sei ser feliz nos momentos próprios não permitindo que a tristeza me enuble o pensamento, e sei que um dia, ela partirá, assim como num outro dia, regressará para me acolher no seu colo, quando em mim já não caiba ser feliz.
Eu quero acreditar que um dia alguém me vai entender e querer comigo fazer de um dia, todos os dias
Para quê protelar o sentido da vida sem viver o válido de todos os dias... Um dia, eu escrevo...
Recolho-me na memória de um beijo,
de uns lábios perfeitos e quentes,
de uma sensação de frescura numa contradição total
que me percorre por dentro no sangue que me corre nas veias.
O teu beijo é doce como a água fresca da nascente,
e quente como o fogo que me arde no peito.
O teu toque, é sedutor e firme,
como a água que cai da cascata sobre as minhas costas,
que me massaja a alma e me abraça,
como só o teu abraço sabe fazer.
Moldas-me o corpo como a água molda as pedras por onde corre,
libertas-te em mim, és enchente e maré vaza a teu prazer,
és remoinho, és fundão, és tão só e apenas,
dono do meu coração...
Um passo em frente nesta longa escadaria rumo a um sentimento de concretização pessoal. Sou, na minha essência, a mesma... mas visto-me mais de acordo com uma filosofia que é minha, que tomo como minha. Aquela que me autoriza a errar, a arriscar, a ser uma mente aberta, a pagar preços altos pelo que, para mim, faz todo o sentido... momentos de felicidade! Tatuagens... tudo o que de alguma maneira me marca profundamente, estará aqui presente. Palavras, melodias, cheiros, cores e sabores Obrigada por me seguirem, por me marcarem!