Aconteceste-me!
E eu, embriagada de emoção de que existisses,
fora dos meus poemas,
afundei-me no néctar da tua essência,
bebi-te sôfrega, as palavras,
como quem procura alimento de alma.
Provei do mel da tua boca,
na volúpia dos nossos beijos,
senti a Paz nesse teu colo,
nesse sorriso que me devora,
no abraço que me conforta,
e a loucura a levantar vôo,
naquela cama voadora,
testemunha ocular,
de um Amor tão invulgar.
Nada tenho para te oferecer,
senão o Eu de que sou feita.
e do que não sou eu não me invento,
apenas de verdade me enfeito,
e a vaidade que não existe em mim
não faz falta entre mim e ti,
porque tudo é tão mais profundo,
verdadeiro e despretensioso,
quanto o tesouro que vive em ti,
2010 está a terminar! Se dele tivesse de falar, diria que foi como uma ostra. Trazia bem guardado dentro dele, a pérola mais preciosa que alguma vez conheci. Não quero possui-la, mas usufruí-la, não quero guardá-la, mas desfrutar dela, da sua rara beleza, da sua natureza tão pura, da intensidade com que me engrandece, só por tê-la na mão, como quem acaricia um coração. Sobretudo, não quero perdê-la, ainda que para isso, precise devolvê-la, à sua natureza...
Por tudo isto: OBRIGADA 2010, trouxeste-me o que de melhor me aconteceu nos últimos tempos.