07:10
Angola/ Agosto2009
De um e outro lado do que sou,
da luz e da obscuridade,
do ouro e do pó,
ouço pedirem-me que escolha;
e deixe para trás a inquietação, a dor,
um peso de não sei que ansiedade.
Mas levo comigo tudo o que recuso.
Sinto colar-se-me às costas um resto de noite;
e não sei voltar-me para a frente, onde amanhece.
Nuno Júdice, in "Meditação sobre Ruínas"
Enquanto eu não souber escrever de novo... fica quem sabe...
[2009/09/02]]
2 de setembro de 2009 às 08:49 �
Quem é que não sabe escrever? A Natacha não é certamente! Tolinha, como se diz aqui no Norte!:)
Quanto ao texto:é muito importante não transportarmos o passado.
Ele já passou e guardemos apenas as coisas boas. Quanto ao Futuro é um devir... que até pode nem vir!
O dia de hoje é uma dádiva e por isso se chama Presente - aproveitemo-lo por inteiro.
Beijinho pacanino...:)
Gina
2 de setembro de 2009 às 10:33 �
Quando se transcreve um poema, ou mesmo um texto, não são necessárias "justificações", pois apenas pedimos "emprestadas" aos autores as palavras que expressam o nosso sentir...
Beijito.
2 de setembro de 2009 às 14:53 �
Gina,
Estou num momento em que não, não sei escrever... acontece ;)
É o que tento fazer, aproveitar tudo o que me acontece por inteiro, mesmo quando eu não estou inteira ;)
Beijinhos
2 de setembro de 2009 às 14:55 �
Pinguim,
Taliquali ;)
Beijinhos
2 de setembro de 2009 às 18:35 �
Se até "os que sabem" têm paragens porque não podes tu ter? Que volte depressa a forma profunda como nos dás o mundo do sentimento!
Beijo
2 de setembro de 2009 às 18:52 �
Puxa Félix... agora é que foi ... corei ;)
Espero que sim, que volte rápido a capacidade de derramar aqui as minhas próprias palavras, até porque parece que não sei de mim quando estou assim ;)
Se vires por aí a Natacha, diz-lhe que a procuro (risos)
Beijinho
2 de setembro de 2009 às 19:20 �
Tão importante como saber escrever, é também o saber escolher...
;*
2 de setembro de 2009 às 19:46 �
Fernando,
Também é importante, sim ;) Não sei se tanto, senão...
Beijo
2 de setembro de 2009 às 21:05 �
...quando as palavras nos faltam ha sempre um poema pra falar por nós...e qualquer dia voltamos a escrever
Beijo
2 de setembro de 2009 às 21:24 �
É isso magnolia...
...um dia volta a inspiração, voltam as palavras certas, e enquanto não, há tantas palavras de outros que nos vestem tão bem...
Beijos
2 de setembro de 2009 às 23:34 �
Quando nos sentimos como um pedaço de barro mal moldado (ou imperfeito), não significa que não tenhamos valor, ou que estejamos à fazer algo de errado.
Por isso, é que é giro ver uma criança fazer um desenho (que pode ficar todo irregular e imperfeito), mesmo assim ela fica contente, porque sabe o significado que tem (nao pela perfeiçao mas sim pelo que representa), e isso lhe basta.
Nesta confusão de ideias junto mais uma, esta coisa das escolhas faz me lembrar agora, da música Ficar da Margarida Pinto, em que parte da letra é assim:
"(...)
Mas como pode a Lua não querer o céu?
Como pode o Mar não querer o chão?
Como pode a Vontade acalmar o desejo?
(...)"
cumps aqui-ou-na-lua
3 de setembro de 2009 às 14:37 �
André,
... não como barro mal moldado, mas mais em "cacos" se me faço entender. "desligada", entendes? Mas isto passará breve ;)
Gostei da tua analogia com a criança, faz todo o sentido!
"Ah se eu pudesse não partir..." (Ficar) ;)
Obrigada, um beijo
4 de setembro de 2009 às 16:39 �
Tu, escrever?!
Por favor... Daremos muito mais valor às tuas palavras do que às assinadas por outros, acredita.
(sem querer desrespeitar o valor dos outros, inclusive escritores com assinatura mais publicitada)
4 de setembro de 2009 às 21:23 �
FM,
Mas existem momentos de desinspiração ou então... de cansaço pelo tom emprestado às palavras... sei lá...
São momentos apenas, em breve voltarei em força, acredita!!
Beijo grande