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Miradouro da Lua/Angola por Fernando Lusbelo
Ainda sobre o assunto do dia, mas de uma forma diferente!
Desta feita venho dar um exemplo que devia ser seguido por qualquer atendimento ao público, pelo menos nos serviços públicos.
O Consulado de Angola em Lisboa, é um exemplo. Um bom exemplo.
. As senhas são distribuídas por um funcionário, mediante os assuntos que se vão tratar, logo não existe o risco da pessoa tirar a senha errada, nem o desperdício de senhas com consequente impacto na estatística. Logo não há o "enganei-me na senha, não me pode atender na mesma?" do costume, ou: "então agora vai fazer-me tirar outra senha??" ...
. Não entra ninguém de boné na cabeça, ou vestido de qualquer maneira - há que haver respeito. O que à partida pode parecer um pouco de exagero, está bem visto - porque há-de haver uma norma de conduta de vestuário para os funcionários e não para os utentes dos serviços?? Nos nossos serviços públicos vemos de tudo, desde bonés a óculos escuros, calções de banho a chinelinho... qualquer dia temos de atender pessoas em tronco nú, já que o utente tem sempre razão!!
. A Sala de espera, venda de impressos, cópias e informações de carácter geral fica situada no piso inferior, onde se tiram as senhas, está a televisão e o ecrã de chamada.
. O atendimento é efectuado no primeiro andar, são chamadas duas ou três pessoas de cada vez, que só nessa altura sobem, para evitar a confusão no atendimento.
. As pessoas com prioridade no atendimento são procuradas pelos funcionários e encaminhadas pelos próprios ao local de atendimento, apenas para tratar de assuntos que lhes digam respeito.
Eu diria: Angola a dar o exemplo em termos de metodologia no atendimento. Sim, existem filas desde as 6H da manhã, espera-se bastante, mas quando precisamos de tratar de algo já sabemos que tem de ser assim! A parte de como funciona a nível burocrático fica para uma próxima oportunidade (risos)
13 de julho de 2009 às 23:03 �
Um exemplo a seguir.
:)
Beijinho!
14 de julho de 2009 às 06:39 �
Espera pela parte burocrática, amigo Lampejo...
14 de julho de 2009 às 08:33 �
Durante alguns anos ainda na Av. da República era um caos, mas de facto, tanto as instalações como o atendimento melhoraram bastante agora.
A outra parte, a burocrática, vai ser difícil porque carece essencialmente de bom senso e isto não se aprende na escola.
Mas Angola é terra de contrastes. Por exemplo, temos aqui em Luanda o SIAC que é tipo a Loja do Cidadão e que funciona muitíssimo bem, posso confirmá-lo na primeira pessoa. Depois, temos a nossa querida DEFA (Emigração e Fronteiras) que, apesar de ter levado um “banho” valente, continua a tirar-nos o sentimento de esperança e orgulho que os SIACs nos vão dando.
Depois de variadíssimos episódios que dariam um livro, consegui o meu cartão de residente ao fim de 3 anos de luta, claro está sem “taxas de urgência”.
Contudo, em termos gerais nestes meus 10 anos de Angola posso dizer que me emociona muito ver tudo aquilo que este povo tem vindo a conquistar. Malembe, malembe !
Bjs cá da terra
14 de julho de 2009 às 11:21 �
Sabes que foi necessário uma coisa da Embaixada de Angola e um senhor que faz isso foi lá!
Ele queixou-se de que havia pessoal a tirar senha... para vender à revelia da Embaixada!
Já foi há uns tempos, mas há pessoas capazes de tudo!
14 de julho de 2009 às 11:28 �
A nível de metodologia de atendimento sim, amigo ;)
De resto...
Beijos
14 de julho de 2009 às 11:30 �
Pois pinguim...
Aí o pecado não mora ao lado, mora mesmo lá!! Mas também tiveram uma boa "escola" diga-se de passagem!
O que ontem era verdade quando lá estive, hoje já é mentira - foi lá a minha mãe... O que ontem estava tudo bem e só faltava um nome num documento que tinha de vir de lá, hoje já faltavam cópias de mais documentos...
É assim...
Beijo
14 de julho de 2009 às 11:32 �
Eudemim,
São essas as notícias que gosto de ouvir. Pouco a pouco, lentamente, as coisas vão evoluindo num bom sentido.
Roma e pavia também não se fizeram num dia... Angola chega lá!!
Beijos de cá, hoje mais desanimados
14 de julho de 2009 às 11:33 �
Roderick,
Talvez por isso tenham optado por o sistema de ser o funcionário a distribuir senhas.
Mas, claro que sabemos que existe um paralelo àquele que nós estamos...
Fazer mais como, como se diz na minha terra!
Beijo
15 de julho de 2009 às 11:24 �
incrível como procedimentos às vezes tão simples ajudam tanto no bom funcionamento, não é?
e temos tanto a aprender no que respeita ao atendimento ao público!
abraço
15 de julho de 2009 às 17:05 �
Paulo, acabei mais uma vez de chegar do Consulado de Angola em Lisboa. Reitero o que já disse a nível de metodologia no atendimento, mas ... a nível burocrático tiveram a pior escola (a nossa) e accionaram o complicómetro - é de bradar aos Céus!!
Beijinho
18 de julho de 2009 às 22:04 �
Hummm, ainda bem que nunca vais ter que me atender (penso eu), teriamos um grande desentendimento pelo que vejo. Embora esteja a perder o hábito aos poucos eu sou um homem do boné e não vejo no que pode interferir com o trabalho de outra pessoa a não ser que seja o meu cabelereiro!
lol
Ainda assim gosto de ti! ;)
Beijo
18 de julho de 2009 às 22:17 �
Não, Félix....
Não teríamos porque eu não te diria nada. A mim não me incomodam por aí além os bonés, não tanto quanto outros exemplos de pessoas, homens e mulheres quase semi nús (risos) - é que ainda por cima normalmente são... BIARCCCCCCC
Beijos