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Arrábida/2009
Fui descarregar a raiva para a Serra da Arrábida.
Nada como conduzir na Serra com o Mar por horizonte, o vento nos cabelos, a música em altos berros e os pulmões cheios de ar e sem mais ninguém por perto para poluir o que estava a sentir, o que estava a beber de cada fragmento de segundo.
Entre curvas e contracurvas, mudanças de velocidade, acelerações e travagens.... assim os pensamentos fugiam de mim e se libertavam na atmosfera... espero não ter contribuído para a poluição na Serra, deixando lá os meus pensamentos... mas regressada que estou, sinto-me mais leve e ciente de que apesar de ter agido sob impulso, fiz o que tinha a fazer pois só faz de mim parva quem eu deixo... e eu não deixo simplesmente!
Às vezes não é a xafarica que me tira do sério, mas sim as pessoas... e quando se juntam as duas de forma negativa... é quando eu resolvo desmarcar o ponto e dar-me um dia de folga, para o bem de TODOS/AS...
A vida não é só palavras bonitas ou poesia, ficam aqui também os momentos mais amargos... é preciso é saber utilizar a caixa de velocidades, no carro... e na vida, para um melhor equílibrio no consumo de "energias"!
Amanhã é outro dia...
Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
17 de março de 2009 às 17:08 �
Adoro este poema, Natacha.
E é tão delicioso constatar de quando em quando que há muito mais "mundo" para além do trabalho...quando nos concedemos assim um miminho, o resultado é o que eu chamo... alma lavada. Foi com esse estado de espirito que regressei domingo de um pic-nic em plena serra e campo. E que bela está esta Primavera :)
Gina
17 de março de 2009 às 20:21 �
olá ba noite natacha.
vejo pessoa..
que linda arrabida eu conheço bem,
sempre que posso vou ..
tantas flores de diversas cores
ver o azul do mar..de fundo..
e olhar a baía tao bonita..
foi mesmo refrescar a alma, quem me dera ir lá ..
beijos :-)*
17 de março de 2009 às 23:52 �
Mais uma sintonia maniga!!
Amanhã é outro dia, e a Primavera, com este prenúncio... cheira-me bem :))
Beijos
17 de março de 2009 às 23:52 �
A Arrábida é bem linda sim braulio. Esta mistura de Serra e Mar inspira-me e liberta-me...
Ar puro lá no cimo...
Beijo
18 de março de 2009 às 08:34 �
é mesmo sentir a liberdade..
na cumbre no cimo....
e olhar, no fundo..
desejos
de mar.
perfume
de flor
vida...
beijos :-)*