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Em mim vivem as Quatro Estações, numa coexistência nem sempre pacífica, nem sempre difícil.
Albergam-se na minha alma, numa conquista nem sempre consentida, tomam-me por sua, quando estou numa quinta estação que é só minha, intransmissível.
Quando sinto o Inverno querer vencer a Primavera que há em mim, luto com todo o meu Verão de sorrisos e de forças descobertas por acaso, fruto da época de Outono, que me antecedeu o Verão...
Não estou certa... qual o ritmo verdadeiro das estações do ano em mim, elas antecedem, precedem e mesclam-se aleatoriamente e sem sentido, provocando as maiores intempéries nos sentidos do meu Verão, prolongando por tempos indefinidos a secura do meu Inverno, mas uma coisa é certa, não há um dia da minha vida em que eu não sinta, o calor reconfortante de todas elas, o frio entre cortante de todas elas, e a mescla de sentires, sensações, que resultam das minhas emoções, enquanto as estações, baralhadas pela minha insensata genuinidade, rogam a minha misericórdia, para que deixe cada uma delas no lugar, para que o tempo possa naturalmente caminhar, e para que o Outono da vida não tropece, para que o Inverno chegue sempre no seu jeito cadenciado, precedendo a Primavera de tanta alegria e permitindo que o Verão, que a todos contagia, possa estar sempre no lugar certo, mesmo que cá dentro, nesse dia, seja Inverno...
[2011/01/31]
31 de janeiro de 2011 às 21:16 �
Com o "Inverno" a ajudar, sabe melhor a leitura...
31 de janeiro de 2011 às 21:38 �
Hoje esteve um Inverno particularmente veraneado :))
beijinhos
7 de fevereiro de 2011 às 21:46 �
Lindas as palavras... amei!
Bjinhos
7 de fevereiro de 2011 às 22:15 �
Obrigada, Ónix :)
Escrever é um bom vício...
Beijinhos