" A razão porque dói tanto separarmo-nos é porque as nossas almas estão ligadas. Talvez sempre tenham estado e sempre o fiquem. Talvez tenhamos vivido milhares de vidas antes desta, e em cada uma delas nos tenhamos reencontrado. E talvez que em cada uma tenhamos sido separados pelos mesmos motivos. Isto significa que esta despedida é, ao mesmo tempo, um adeus pelos últimos dez mil anos e um prelúdio ao que virá.

Quando olho para ti vejo a tua beleza e graça, e sei que cresceram mais fortes com cada vida que viveste. E sei que gastei todas as vidas antes desta à tua procura. Não de alguém como tu, mas de ti, porque a tua alma e a minha têm que andar sempre juntas. E assim, por uma razão que nenhum de nós entende, fomos obrigados a dizer-nos adeus.

Adoraria dizer-te que tudo correrá bem entre nós, e prometo fazer tudo para garantir que assim será, mas se nunca nos voltarmos a encontrar outra vez, e isto for verdadeiramente um adeus, sei que nos veremos, ainda noutra vida. Iremos encontrar-nos de novo, e talvez as estrelas tenham mudado, e nós não apenas nos amemos nesse tempo, mas por todos os tempos que tivemos antes.

Volta. Olha-me mais uma vez, dá-me só mais um abraço, beija-me por um segundo que seja. Sorri-me em toda a nossa cumplicidade, mostra-me de novo o paraíso no teu olhar. Enfeitiça-me ainda com esse perfume só teu, queima-me com os arrepios do teu toque. Faz-me rir, faz-me chorar, faz-me querer partir e não ir. Agarra-me, só para me largares no instante seguinte. Ri-te, chora - mas ri-te e chora comigo. Traz-me de novo sonhos pintados no céu, dá-me só mais uma vez a lua daquela noite, regressa para um único amanhecer apenas.

Odeia-me, ama-me; permite-me amar-te, odiar-te, sentir todo um turbilhão demente de emoções. Ignora-me, ouve-me, desaparece e chama-me. Traz-me essa tua voz tímida só mais uma vez. Esquece-me, não me ames... mas volta!

VOLTA!"

Nicholas Sparks in Diário da nossa paixão

[2010/01/12]

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23:45


É nos momentos a sós
que as velhas dores me rodeiam,
procuram do que beber, mas não lhes cedo,
as lágrimas... essas já secaram
lavaram-me a alma , já não me incendeiam...
Novas perguntas emergem,
ou talvez sejam as que tantas vezes já perguntei
novas certezas se afirmam, e essas...
de tal forma, como de nenhuma outra vez.
E baralham-se de novo as ideias,
pode até bater mais forte o coração,
mas o trunfo já não é copas,
o trunfo não está sequer na minha mão.
Respiro a brisa que me traz o mar,
vivo o hoje, como se me apresenta,
não tenho medo, não tenho raiva, nem tenho mais nada,
senão o EU que sempre fui,
e a verdade que na realidade me alimenta...

[2010/01/09]

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...



Aqui estou eu
Sou uma folha de papel vazia...

[2010/01/04]

18:07

Portinho da Arrábida/2009 por André

O toque,
O cheiro,
O sabor.
Este Mar,
Este Céu,
Este chão...

Despertam-nos os sentidos.
Trazem o que de melhor existe em nós
Disparam-nos o coração,
Não nos deixam nunca, sós...
Pode estar Sol, ou Céu cinzento
Chuva, frio ou muito calor,
E o marulhar como um lamento
Traz até nós o sentimento
De quem busca sem saber
que tudo o que de melhor possamos ter,
existe para além de nós,
nos rodeia sem pudor,
nos abraça sem receios,
nos beija como as palavras e...
nos deseja como ...
... a areia ao mar salgado,
a Serra ao mato bravo,
e só ali dá para perceber,
que de tanto tanto te querer
Sou vento, ou brisa,
talvez até a maresia,
mas que nunca ou talvez sim,
sentirei outra vez assim...
como sinto de cada vez que...
voo até ali...


[2010/01/03]

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