Hoje apeteceu-me voltar a postar algo que escrevi há muitos anos atrás, lembro como se fosse hoje, para um concurso de "poesia" do Liceu. Acabou por ser escolhido para a exposição do Dia Internacional de Poesia e acabei eu própria por ter de o ler em frente de toda a turma... enfim, nem tudo é poesia :)
1991, estavamos em 1991...
"Como o vento e a terra tudo há-de acabar
o que o meu coração não aguentar, esqueceu ou deixou de amar.
Como tudo tem um FIM, a paixão morreu em mim
mas a imagem continua presente...
Agora e para sempre.
Aquela imagem de encantar
porque uma amizade nunca acaba
com a possibilidade de amar
sim... amar...
Mas de uma maneira diferente
já não quero mais chorar
mas levantar-me e seguir em frente
Enfrentar o amor, o amor e a saudade
porque amar não é só sofrer na minha idade
Amor, amar, o que será na realidade
será alegria, será dor
ou será apenas saudade
saudade...
saudade que ainda sinto
saudade que não vou esquecer
saudade que não evito e que levarei comigo até morrer...
Saudade e não só
alegria, respeito admiração
tudo o que sinto por alguém bem dentro do meu coração
Mas quando percebi, já tarde
que em toda a confusão
eu perdi... eu sofri...e algo morreu dentro de mim
Sem lágrima... sem dor... mas com AMOR
Eu descobri, que depois do que vivi
eu não consegui ser... EU
Mas nunca há-de voltar
aquele dia solitário e viril
Duma linda tarde de Abril
em que à nossa volta existia apenas uma espera
uma espera pelo dia teu... dia meu...
dia que o mundo esqueceu porque tudo acabou e nada mais existe...
sinceridade apenas
sinceridade que tarda mas não falha,
como o ingénuo primeiro espinho de uma rosa dentro de um coração pequeno
pequenino como o de um pássaro que não sabe voar porque ninguém lhe ensinou
e ninguém consegue ver o coração que não suspirou
coração que se tornou de pedra
coração que não quer viver
coração que sofre pelo amor que ACABOU..."
[2009/02/18]
21 de fevereiro de 2009 às 15:08 �
adorei escreves com sentimento.
belo poema ao vento
um beijo..
23 de fevereiro de 2009 às 08:50 �
Obrigada, Braulio!
Um beijo...