Sentada na esplanada, algures entre uma brisa de maresia e um golo de gin tónico, escuto, atenta, a imensidão de sons que se mesclam gerando um burburinho que me alheia, que me leva além do horizonte que vislumbro, virada que estou para o mar...
Entro numa dimensão diferente enquanto o meu corpo sente o arrepio reconfortante do Sol, do calor do Sol, a penetrar-me a pele... a alma, invade-me uma sensação de prazer... sorrio.
Por momentos sou levada para longe da esplanada, do gin...
Movida por uma qualquer força, dirijo-me ao areal, descalça. Sinto cada passo na areia quente como um incentivo para continuar, o meu rumo é o Mar, o Oceano que, imponente, me fita, me desafia. Paro, maravilhada. O Mar! Não está mais ninguém, para mim, nesta praia cheia de gente. É meu o Mar de agora. É a mim que me convida e só a mim.
Ao molhar os meus pés neste Mar, procuro o caminho para, a ti, chegar.
Ao tocar as ondas com as minhas mãos, procuro tocar o teu coração.
Ao mergulhar no meu Mar, procuro o teu abraço para me aconchegar.
E enquanto me deixo ficar, sinto as correntes que me querem levar, e se for para me levarem para aquele lugar, eu não vou lutar...
Preciso de te encontrar, e o Mar, o Mar desagua em ti, e eu, vou deixar-me levar...
Espero que me possas resgatar...
[2008/09/02]
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