23:13
Train - Drops of Jupiter
Trocaste-me os hemisférios e já não sei do meu Norte. Cruzaste o meridiano dos meus sentidos ao ponto de deixares baralhados os meus pólos. Magnetizas-me de tal maneira que todos os meus movimentos são na tua direcção e no sentido do teu desejo que não é mais do que o meu desejo. Enlouqueces-me tanto a Sul quanto a Norte, de dia como de noite, porque me vendaste para que não conhecesse o tempo. E eu não quero o tempo que me limita, eu só quero o instante perpétuo de ser tua bússola, de te guiar por caminhos em que te queres perder, para te encontrar nos triângulos misteriosos que nos apagam dos radares.
Quedo-me entregue ao teu íman, pedindo-te apenas que traces todos os teus percursos no meu corpo, na minha pele branca, como quem em desespero marca os dias para não enlouquecer, para manter a sanidade que só se releva na entrega das nossas almas sem gravidade...
Tu, que mexes com o centro da minha gravidade e o deixas completamente desorientado, que me tomas o pulso com ímpeto e voluptuosidade, me castigas o corpo e me acaricias a alma. Tu que me entregas os teus segredos para eu cuidar e o teu corpo para eu amar. Tu, que me deste a tua alma para viver junto da minha, e me mimas com tanta intensidade, em todas as diferenças e mais nas igualdades...
Tu... quero morrer no teu abraço... eu amo-te, simplesmente...
[2012/04/03]
8 de abril de 2012 às 02:11 �
Este "íman que nos atrai" é malvado por vezes.Este teu post é no mínimo original.Muito bem escrito, Natacha.
Abraço
8 de abril de 2012 às 16:31 �
Invulgarmente belo :)
Abracinho apertado
8 de abril de 2012 às 19:18 �
Obrigada, Ónix!
Os magnetismos podem ser arrebatadores ;)
beijo enorme
8 de abril de 2012 às 19:19 �
Muito obrigada pelas tuas sempre amorosas palavras, Leonor :)
Mimos são como tatuagens ;)
Beijo grande