23:41
Pedra da Anicha
Mafalda Veiga - Ouve-se o mar
Ela mal conseguiu conter as lágrimas ao sentir-se tão maravilhada e aborvida
por tudo o que lhe estava a acontecer, por tudo o que a rodeava...
O local, a companhia... a natureza, o mar ao fundo, o céu, as estrelas por testemunhas...
Era assim que se encontravam no momento, extasiados, envolvidos no perfume um do outro e ao mesmo tempo em completa sintonia com o ambiente que os rodeava, quase sem conseguirem proferir palavra... sentiam, sentiam, sentiam... tudo se lhes entranhava na pele e na alma, desde o marulhar das ondas lá longe, à ligeira brisa que lhes tocava os corpos e trazia o aroma silvestre do local misturado com um toque de sal e a humidade própria do clima...
Sentaram-se abraçados, as costas dela no peito dele, o respirar dele junto ao ouvido dela... podiam ouvir-se os batimentos do coração... podia sentir-se o tremer da emoção... a ansiedade daqueles lábios, o desejo daquelas mãos e a entrega daqueles corpos àquela natureza e um ao outro, foi o que mais perto se conheceu em termos de perfeição, de sintonia... como se tudo fosse parte da mesma matéria, da mesma essência, um era o prolongamento do outro e não se conheciam os limites, não havia barreiras, reservas...era assim, só porque sim...
Naquela noite, as estrelas testemunharam os olhares lânguidos de amor dos dois, sem promessas, apenas aceitação, enquanto se misturavam numa alquimia perfeita de união, e nesse momento o Universo se curvou perante tamanha manifestação de Felicidade, pura, genuína... uma entrega de amor sem exigir mais nada em troca... apenas que no céu as estrelas continuem a brilhar, que lá longe o mar não deixe nunca de se espraiar na areia, que a brisa possa sempre soprar porque...
... Também, para sempre, quem amar assim, vai amar...
Este dia aconteceu meses após o afastamento. Mas a afinidade é isso mesmo, é estar para além das palavras, é recomeçar o que se deixou para trás como se nunca se tivesse partido. É não perguntar, porque basta um olhar, é não cobrar, porque o importante é sentir.
Sabiam que este encontro era apenas mais um. Mas a cada um, uma vida inteira se vivia, e num sorriso se resumiam uma imensidão de sentimentos.
Eles sabiam que o seu amor era impossível, mas não menos verdadeiro por isso. Deram-se as mãos naquele entardecer, em que harmoniosamente amaram a vida, se amaram e se eternizaram naquele local. Era o seu local, especial por todos os motivos e onde voltariam, vezes sem conta, juntos ou separados ao longo de uma vida que se mostrava demasiado longa para ser suportável...
O local, a companhia... a natureza, o mar ao fundo, o céu, as estrelas por testemunhas...
Era assim que se encontravam no momento, extasiados, envolvidos no perfume um do outro e ao mesmo tempo em completa sintonia com o ambiente que os rodeava, quase sem conseguirem proferir palavra... sentiam, sentiam, sentiam... tudo se lhes entranhava na pele e na alma, desde o marulhar das ondas lá longe, à ligeira brisa que lhes tocava os corpos e trazia o aroma silvestre do local misturado com um toque de sal e a humidade própria do clima...
Sentaram-se abraçados, as costas dela no peito dele, o respirar dele junto ao ouvido dela... podiam ouvir-se os batimentos do coração... podia sentir-se o tremer da emoção... a ansiedade daqueles lábios, o desejo daquelas mãos e a entrega daqueles corpos àquela natureza e um ao outro, foi o que mais perto se conheceu em termos de perfeição, de sintonia... como se tudo fosse parte da mesma matéria, da mesma essência, um era o prolongamento do outro e não se conheciam os limites, não havia barreiras, reservas...era assim, só porque sim...
Naquela noite, as estrelas testemunharam os olhares lânguidos de amor dos dois, sem promessas, apenas aceitação, enquanto se misturavam numa alquimia perfeita de união, e nesse momento o Universo se curvou perante tamanha manifestação de Felicidade, pura, genuína... uma entrega de amor sem exigir mais nada em troca... apenas que no céu as estrelas continuem a brilhar, que lá longe o mar não deixe nunca de se espraiar na areia, que a brisa possa sempre soprar porque...
... Também, para sempre, quem amar assim, vai amar...
Este dia aconteceu meses após o afastamento. Mas a afinidade é isso mesmo, é estar para além das palavras, é recomeçar o que se deixou para trás como se nunca se tivesse partido. É não perguntar, porque basta um olhar, é não cobrar, porque o importante é sentir.
Sabiam que este encontro era apenas mais um. Mas a cada um, uma vida inteira se vivia, e num sorriso se resumiam uma imensidão de sentimentos.
Eles sabiam que o seu amor era impossível, mas não menos verdadeiro por isso. Deram-se as mãos naquele entardecer, em que harmoniosamente amaram a vida, se amaram e se eternizaram naquele local. Era o seu local, especial por todos os motivos e onde voltariam, vezes sem conta, juntos ou separados ao longo de uma vida que se mostrava demasiado longa para ser suportável...
Parte do texto escrito em 2008/02/23 e agora reeditado e adaptado para Fábrica de Histórias
[2012/02/17]
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