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Ingrid Michaelson - Morning Lullabies

Quando eu não souber conjugar as palavras que chegam à tua alma, lembra-te que que no meu silêncio estão sempre presentes, e verdadeiras, todas as declarações de amor, das mais ridículas, [como cabe a uma verdadeira declaração de amor] às mais profundas que tantas vezes, talvez demasiadas vezes, proferi. Umas vezes olhando os teus olhos e outras apenas em pensamentos que sei te chegaram por via daquele canal só nosso.

De todas as vezes que sentes necessidade de te vestir em silêncios mais ou menos demorados, lembra-te que em mim, está sempre a lembrança dos momentos vividos, e verdadeiros. Nos teus silêncios, há uma cantora que me vem sempre trazer o teu recado, aquele que uma vez me deixaste escrito num post-it que não era amarelo: " ... é que eu, quero-te tanto, não saberia não te ter/É que eu quero-te tanto, é sempre mais do que eu te sei dizer..." (1)

Sempre e quando os nossos caminhos não se interceptarem, faço questão de estar ao teu lado, seguindo a linha paralela que sempre busquei e posso fazê-lo mascarada de ausente se te fizer mais feliz. E sempre que for o teu desejo, porque o meu é constante, prometo quebrar todas as regras da geometria e farei com que a linha paralela se transforme em perpendicular. Não haverá motivos para que a matemática que também nos uníu, porque aprendi que em tudo quanto há também existe a matemática, não nos faça reencontrar naquele trapézio que tantas vezes refiro.

Se um dia eu já não souber falar-te de amor, lembra-te que te amei para além da capacidade que alguma vez pensei ter, para além de mim, e para além do que é matéria. Um amor de bem querer, longe ou perto, de palavras bonitas, mas mais que isso de sentimentos puros. E se um dia eu já não te souber ouvir, lembra-te meu amor, de que ouvi sempre mais a tua alma que as tuas palavras pois ela sempre foi mais concreta.

Mas por enquanto, aproveitando o facto de me restarem hoje palavras para te declarar o meu amor, lembra-te meu anjo, que te amo na tua existência e ... "Amo-te até nas coisas mais pequenas. Por toda a vida. E assim Deus o quisesse, Ainda mais te amarei depois da morte." (2)

(1) Imortais - Mafalda Veiga

(2) How do I love Thee - Elisabeth Barrett Browning, tradução de Manuel Bandeira

[2012/01/06]

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