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Desfoco o meu pensamento do real.
Focalizo o ideal, melhor, o essencial.
E assim surges.
Surges-me no sorriso,
surges-me no arrepio da pele.
Admiro o desenho dos teus lábios
a forma peculiar dos teus olhos me olharem.
Estás no registo do meu negativo,
na objectiva da minha alma,
quero-te na câmara escura onde te revelo...
... onde nos revelamos...
posamos um para o outro como obras de arte,
alternamos os flashes, ora em mim, ora em ti,
e no fim, quando nos materializamos no papel,
ali se encontra a reprodução mais fiel,
da imagem que de nós releva,
só nós vemos, só a nós interessa.
Depois, rasgamos as provas,
voltamos ao real,
afinal estamos na era do digital...
[2011/03/18]
22 de março de 2011 às 22:16 �
Bem, temos poetisa.Bem escrito. Gostei.
Beijinhos
23 de março de 2011 às 09:44 �
Nem tanto, nem tanto, Ónix :)) mas muito obrigada pelas tuas simpáticas palavras.
um beijinho