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auto
O coração parece não se aguentar já no peito, e bate contra as paredes do meu corpo como que numa súplica.
Inexplicavelmente, acelera mesmo se estou aqui estendida neste sofá com uma música por companhia e o pensamento num momento que não é este.
Mentalmente passa o filme do encontro daqueles dois olhares - haverá algo mais intenso que duas almas que se encontram num simples olhar!?
O abraço! O abraço numa carícia tão cúmplice, uma troca de energias tão verdadeira e comovente... Se provas fossem necessárias de que o Amor existe antes de qualquer preconceito, então ali estava a prova, naqueles dois seres, naqueles dois corpos, que experienciavam agora sensações que a alma já conhecia.
Sorrisos, olhos que brilham, a felicidade estampada no nervoso daquelas faces ansiosas.
Como uma magia difícil de explicar, os corpos se encontraram sem reservas, as almas despiram-se de todas as inibições e com toda a pureza que lhes habita o coração se amaram, sôfrega e intensamente, com toda a força dos seus instintos de loucura, com todo o carinho que já não cabia mais nos seus corações.
Souberam-se, acharam-se um no outro como se não houvessem mais amanhãs. Dos poros de suas peles escorreu todo o sentimento guardado, não por muito tempo, na realidade, mas por toda uma Eternidade em que se procuraram.
Permaneceram num só corpo, sem distinção do início e fim de um e de outro.
Eles sabem o que são, eles sabem exactamente o que existe ali, naquela estranha loucura quente, emergente, quase selvagem, mesclada de palavras sussurradas no ouvido e suores envolvidos em perfeita sintonia...
9 de agosto de 2010 às 13:35 �
Tão bonito querida amiga.
Não há realmente nada mais fabuloso do que o encontro apaixonado apenas num olhar.
É extraordinário.
9 de agosto de 2010 às 14:16 �
Podes crer Robin, não há mesmo. Olhar e mais que ver, perceber!
Obrigada amigo :)
Beijinhos
9 de agosto de 2010 às 22:20 �
:)
É mesmo a sério e com energia renovada.;) Valeu a pena a paragem...
Beijo
9 de agosto de 2010 às 23:37 �
hehehe
Eu avisei né?
beijo, Fernando ;)
11 de agosto de 2010 às 22:30 �
É inacreditável ver todo o teu negativismo e pessimismo de há uns meses atrás, comparado com os textos de agora.
E depois digam-me se não há mesmo algo à nossa espera? Porquê desesperar?
12 de agosto de 2010 às 23:05 �
Pinguim, se bem te lembras eu própria foquei em determinadas alturas do meu cinzentismo o facto de saber, de ter a certeza, de que aquela fase iria passar e que algo de muito melhor estava à minha espera. O problema é que enquanto dura, aquela fase é de facto muito penosa...
Hoje, não posso deixar de lhe dar o devido valor, só assim posso sentir a felicidade do momento em toda a sua plenitude!
beijinho