Century - Lover Why

Não faz mal. Não tem qualquer problema.
A vida é mesmo assim, feita de escolhas e de opções,
de erros e desenganos,
de verdades e de novos planos.
Não tem mesmo qualquer problema.
Só que...

Porque permitiste que eu falasse tanto,
quando não tinhas qualquer intenção de me ouvir?
Porque me disseste tanto,
quando não tinhas qualquer intenção de o sentir?
Porque calaste tanto,
quando não tinhas qualquer intenção de ficar?
Porque sonhaste tanto,
quando não tinhas qualquer intenção de alcançar?

Não faz mal, mas...

Porque não soubeste dizer adeus,
se eu sempre estive aqui para o suportar?
Porque não me abraçaste na despedida,
se foi sempre tudo o que eu pude esperar?

Porque me dói? ... Porque só te soube amar!

[2011/07/31]
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22:10



Uma imagem vale por mil palavras...

[2011/07/28]
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23:38




Skunk Anansie - Secretly

Sustenho a respiração. Ou será que me estou a sufocar?
Tento focar, mas o horizonte não é mais do que uma amálgama de recordações de matiz esbatida onde se confunde a noção do real com o delírio.
Por momentos sinto-me pegar fogo, sinto as lágrimas salgadas percorrerem-me o sangue e um rubor assomar à minha face. Correm-me mágoas abaixo da epiderme que provocam uma reacção inusitada em mim, fico parada, estática, olhando o vazio da não existência, sentindo a intensidade do silêncio, por contraste com o reboliço que me vai no corpo.
A mente está dormente, e a luz apaga-se nos meus olhos.
Vejo-me derramada pelas paredes de uma cidade como um grafitti numa manifestação de protesto, em cada gota de tinta que escorre das letras habilmente desenhadas, esvai-se mais uma gota do meu sangue. A velocidade frenética da cidade entrou-me no corpo mas a minha mente não a acompanha, e por isso vou-me deixando ficar em cada esquina mais um pouco. A cada sinal vermelho. Quando recomeço já não vou inteira.

Respiro fundo. Sensação de que estive em apneia muito tempo, um desconforto, uma secura imensa na garganta.
Volto lentamente a mim e num suspiro aliviado percebo que estive sempre ali, inerte, porém faltam-me pedaços perdidos numa viagem sem regresso, porque sempre que embarcamos em algo, nunca seremos os mesmos no regresso.

Não sou menos, ou mais ... sou só Eu...

[2011/07/21]
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I’ll never forget your kind brown eyes
Or the fingerprints you left all over my life

[2011/07/19]

00:40


imagem retirada d'aqui

Não é o que se me escapa das mãos que me inquieta, nem sequer o que escorrega entre os meus dedos.
Ainda que eu tente à viva força fechar com força a mão para não deixar que se ponha em fuga a matéria sólida que aparentemente é o foco da minha atenção, não é de todo esta fuga que me desassossega.
Atormenta-me a forma como sinto esfumar-se da minha alma o Ser que antes lá se tinha aconchegado, que por ela se tinha cativado.
Escapou ao meu entendimento aquele momento em que naturalmente outra alma que dividia o espaço, não ocupando por isso mais espaço, com a minha alma, seguiu um outro rumo, válido com toda a certeza. porém na minha alma sempre viverá.
Entristece-me no entanto a indiferença com que aos meus olhos, ou talvez mais ao meu coração, essa natural escolha acontece. A alma que fica sente por parte da alma que vai um desprezo que garantidamente não existe na alma que vai, mas o coração é emoção, não é razão.
Como diz o poema, "Após um tempo aprendemos a diferença subtil entre segurar uma mão, e acorrentar uma alma", porém quando na mesa estão desde o ínicio todas as cartas, quando se disponibilizam de coração aberto todos os caminhos para um percurso sob as estrelas, longe ou perto, fica difícil, mesmo para a alma mais disponível para entender...
Talvez um dia eu pergunte porquê, ou talvez não. Talvez um dia eu volte a acreditar...
Não pretendo e jamais pretendi acorrentar quem quer que seja pois isso é tudo o que é contrário ao Amor, e o Amor vive em mim.
Não pretendo e jamais pretendi ser dona da razão.
Talvez a minha pretensão mais audaz tenha sido a de querer fazer, ainda que por momentos, alguém feliz.
Talvez o meu maior erro tenha sido pensar que tinha conseguido.

Errar é humano e eu sou apenas humana...

[2011/07/15]
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Não quero escrever, não sei! Apenas dizer...

... a quem encontrar o pedaço que está em falta, por favor...

Devolva-me!

[2011/07/02]
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